Laudo comprova que internos de clínica de reabilitação eram torturados
Segundo a polícia, pelo menos dez pessoas sofreram agressões, em Goiás.
Três suspeitos seguem presos em Quirinópolis; estabelecimento foi fechado.
Um laudo da Polícia Técnico-Científica comprovou que internos eram torturados em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, em Quirinópolis, sudoeste de Goiás. De acordo com a Polícia Civil, até o momento, dez vítimas já foram identificadas. Três suspeitos pelas agressões seguem presos na cidade.
O caso foi descoberto depois que uma das vítimas fugiu da clínica e denunciou o caso à polícia. A prisão dos suspeitos, que são um pastor evangélico e sócio do local, o outro sócio e um interno que ajudava na coordenação dos trabalhos, ocorreu no último dia 11. A clínica ainda não foi fechada pela Justiça, mas permanece fechada.
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Durante os depoimentos, algumas das vítimas também apresentarem lesões pelo corpo que teriam sido causadas pelos detidos. Além disso, no estabelecimento foram encontrados vários objetos que, segundo a polícia, comprovam os delitos. Entre eles estão uma arma de pressão, medicamentos que seriam usados para dopar os pacientes, cordas e fios elétricos, além de um pedaço de madeira e um aparelho de choque.
O delegado responsável pelo caso, Tommaso Leonardi, disse que a polícia acredita que outras pessoas possam ter sofrido agressões. “Dez vítimas já é muita coisa, pensando que existiam 21 pessoas na clínica. Então, com certeza, já temos provas suficientes para comprovar que houve delito”, explicou.
Segundo Tommaso, os três deverão responder pelos crimes de sequestro e cárcere privado. “Eles responderão também pelo crime de corrupção de menores, pois alguns adolescentes praticaram crimes em concurso com esses agentes”, destacou.
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