“O emprego da tortura (herdado da Inquisição medieval) não era considerado como um fim em si mesmo.
As Instruções de 1561 não estabeleceram regras para seu uso; mas insistiram em que sua aplicação estaria de acordo com ‘a consciência e o arbítrio dos juízes regulares, segundo o direito, a razão e a boa consciência. Devem os Inquisidores observar muito que a sentença do tormento seja justificada, e precedendo legítimos indícios’.
Em uma época em que o uso da tortura era geral nos tribunais penais da Europa, a Inquisição espanhola seguiu uma política de benignidade e circunspecção que a deixa em lugar favorável, caso fosse comparada com qualquer outra instituição.
A tortura era empregada só como último recurso e aplicada em muito poucos casos.
Com frequência o acusado era colocado in conspectu tormentorum, quando a vista dos instrumentos de tortura podia provocar uma confissão.”
As Instruções de 1561 não estabeleceram regras para seu uso; mas insistiram em que sua aplicação estaria de acordo com ‘a consciência e o arbítrio dos juízes regulares, segundo o direito, a razão e a boa consciência. Devem os Inquisidores observar muito que a sentença do tormento seja justificada, e precedendo legítimos indícios’.
Em uma época em que o uso da tortura era geral nos tribunais penais da Europa, a Inquisição espanhola seguiu uma política de benignidade e circunspecção que a deixa em lugar favorável, caso fosse comparada com qualquer outra instituição.
A tortura era empregada só como último recurso e aplicada em muito poucos casos.
Com frequência o acusado era colocado in conspectu tormentorum, quando a vista dos instrumentos de tortura podia provocar uma confissão.”
“As confissões obtidas sob tortura jamais eram aceitas como válidas, porque evidentemente haviam sido obtidas por coação.”
“O número proporcionalmente pequeno de execuções constitui um argumento eficaz contra a lenda de um tribunal sedento de sangue.”
Trecho do livro La Inquisición Española – Una revisión histórica [“A Inquisição Espanhola – Uma revisão histórica”], do historiador britânico Henry Kamen. Ele fala sobre a frequência com que se utilizava a prática da tortura nos tribunais da Inquisição, e de como era baixo o número de execuções por parte dos mesmos tribunais. Mais uma postagem tentando derrubar o mito de que a Inquisição teria sido um tribunal “sangrento” e “cruel”.
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