A Inquisição Espanhola tem sido a mais duramente atacada, pela Espanha ser o baluarte do Catolicismo e ao mesmo tempo inimiga comercial e politica da Inglaterra protestante.
Vejamos a opinião de dois eruditos no tema: A.S. Turberville em seu Livro “A Inquisição Espanhola, pag 61 e 62 diz:
“O Santo Oficio pretendia ser o Tribunal mais clemente de todos porque seus fins não eram a administração de uma justiça rígida e automática, mas a reconciliação do delinquente. Confessar-se culpado com o Santo Oficio era obter o perdão. De qual outro tribunal pode se dizer isto?
O Inquisidor era tanto o Padre Confessor como o juiz, que pretendia não uma condenação, mas acabar com um extravio e devolver ao rebanho a ovelha desgarrada.
Por isso se solicitava constantemente ao acusado que recordasse a diferença fundamental entre a Inquisição e os tribunais ordinarios e que sua finalidade não era o castigo do corpo, mas a salvação da alma e pelo mesmo se explicava que tratava de salvar-se por meio da Confissão”
Em outras palavras, para o leitor moderno… imaginemos que não você não pare na luz de um semáforo e a policía o leva detido, você vai diante do juiz e confessa que realmente se arrepende de não ter se detido na luz vermelha e pede perdão, então o Juiz te absolve com uma remissão.
Assim atuava o Tribunal da Inquisição, seu objetivo não era condenar, era salvar e dos famosos autos de Fé muitas pessoas eram reconciliadas com a Igreja depois de levar um hábito chamado “são bento”: pela similaridade do hábito desta ordem, por vários domingos diante a Igreja depois disto eram aceitos de novo na Comunhão, exemplo disso foi o avô de Santa Teresa de Avila, que levou São Bento trocando pelos judaizante e se reconciliou com a Igreja e nos deu tal Santa.
Os que não se arrependiam e se demonstrava sua culpa de heresia eram entregues a justiça do Rei, a Igreja não podía fazer nada mais além da excomunhão, isto recaia no campo político e poderia comprometer a segurança do reino.
Outro ponto para se ter em conta era que estes tribunais não atuavam sob a autoridade da Igreja Católica e do Papa, a Inquisição acabou por ser um poder nas mãos do Rei e muitas vezes contra Roma como veremos nos exemplos que daremos mais tarde.
Vejamos a opinião de Fernando Ayllon em seu livro “O Tribunal da Inquisição da Lenda a Historia” Pag 578 e 579. Diz assim:
“ A Inquisição espanhola esteve desde suas orígens submetida a vontade real o qual a levou inclusive a enfrentar em algumas oportunidades contra o poder do proprio Pontífice.
Diversos exemplos disso são os atritos dos primeiros inquisidores com os Papas Sisto IV ou Inocêncio VIII; a causa contra o Arcebispo de Toledo, Primado da Espanha Bartolome Carranza; as dificuldades ocasionadas pela Inquisição na aceitação de bulas pontificias etc. O certo é que em ocasiões se converteu em instrumento político em poder dos reis para fins diversos, por sua característica dualistica , estatal-eclesiástica.
Devemos recordar também que não existía nenhum tribunal que não estivesse sujeito a dita pressão e utilização pelo poder político, não somente na Espanha mas em todo o mundo.
Fonte:
http://www.exsurge.com.br/apologeticas/inquisicao/textosinquisicao/ainquisicaoeareformaprotestantemitoerealidade.htm
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