sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A Revolução Francesa executou mais gente do que a Inquisição da Idade Média






«Em um só ano, 
de meados de 1793 a meados de 1794,
 a Revolução Francesa 
executou mais gente 
do que a Inquisição da Idade Média havia feito em seis séculos. 

No entanto, 
ela é comemorada
 como um dos acontecimentos mais 
beneméritos da humanidade».

Felipe Aquino


FONTE:
http://www.cnbb.org.br/articulistas/dom-redovino-rizzardo/12247-os-crimes-da-igreja-catolica

A Inquisição nas mãos do Rei esteve muitas vezes contra Roma




Vejamos, agora, qual o caráter da Inquisição.

Se consultarmos os tratados jurídicos do século passado, e outros ainda anteriores, veremos a Inquisição sempre classificada como tribunal eclesiástico. É o que faz, entre outros, Pereira e Souza.




No entanto, convém ponderar que o tribunal eclesiástico era, não aquele que funcionava em virtude da autoridade da Santa Sé, mas sim o tribunal que, embora composto por eclesiásticos, estava subordinado, como órgão da administração pública, aos soberanos temporais.

Não existe, pois, entre a Inquisição e a Igreja, a solidariedade que liga o mandatário ao mandante. 

Muito pelo contrário, demonstraremos: 

a) que a Inquisição independia das ordens do Santo Padre, estando subordinada diretamente aos soberanos espanhóis; 

b) que a Inquisição era malvista e combatida pela Igreja, por causa de sua crueldade.

A primeira das afirmações, podemos fundamentá-las com as seguintes provas, facilmente verificáveis em Justino Mendes ("A Igreja e a História"): o Papa concedeu certificados de ortodoxia a indivíduos acusados pela Inquisição; esta, longe de acatar respeitosamente, como faria um tribunal dependente da Igreja, as ordens do Santo Padre, decretou a pena de morte a quem se munisse de tais certificados.

Onde a obediência que necessariamente caracterizaria a Inquisição, se fosse sujeita à Igreja, e considerada mero departamento desta?

Em 1842, Sixto IV dirigiu um breve severo aos reis da Espanha, contra os excessos da Inquisição. 

Ora, se esta dependesse do Santo Padre, para que dirigia ele o breve aos reis, e não diretamente aos Inquisidores? Acresce que aos reis cabia até o direito de demitir os Inquisidores, poder este exercido sobre 12 dentre eles.

Além disso, para corroborar ainda mais nossas afirmações, basta lembrar que a Inquisição estava encarregada de julgar os crimes de contrabando e estelionato.

Ora, como poderia um tribunal eclesiástico tomar conhecimento desses crimes?

Quanto à segunda afirmação, de que a Santa Sé combateu a Inquisição por causa de suas crueldades, basta lembrar os seguintes fatos.

Em 1842, Sixto IV pedia aos reis de Espanha, "pelas entranhas misericordiosas de Jesus", que refreassem os ardores criminosos da Inquisição.

Llorente cita diversas desavenças dos Papas com os reis, por causa dos excessos da Inquisição. O mesmo historiador faz menção de indivíduos secretamente absolvidos pelo Papa, depois de condenados pela Inquisição.

Em 1519, Leão X excomungou os inquisidores de Toledo, para punir sua crueldade (é esta a maior pena que um Pontífice possa aplicar a um católico). 

Paulo III aliou-se aos napolitanos para impedir que se instalasse em Nápoles a Inquisição. Pio IV e São Carlos Borromeu opuseram-se à sua introdução em Milão.

Logo, a Inquisição, sempre desaprovada pela Igreja, não foi um produto do espírito de catolicismo de certo elemento clerical, mas, muito ao contrario, um fator das mais censuráveis revoltas contra o intangível poder dos Pontífices Romanos, aos quais, pois, não cabe a menor responsabilidade quanto aos horrores da Inquisição.




terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A Igreja Católica foi responsável por uma Europa pacificada e unificada







No ano 476, os bárbaros invadiram a Europa, transformando esse continente em um mosaico de povos incivilizados, que além de terem destruído todas as instituições romanas, passaram a brigar entre si. 

A Europa se tornou um gigantesco campo de batalha. 

No meio desse Armagedom, a Igreja Católica foi a única Instituição que ficou de pé. 

A Igreja sustentou o ocidente, pois salvaguardou de diversas formas o conhecimento civilizacional e, com base nesse legado, fez um trabalho de ACULTURAÇÃO da massa bárbara, composta de alanos, ostrogodos, visigodos, francos, hunos, suevos, entre outros. 

Dessa maneira, a Igreja Católica foi a grande responsável pelo surgimento, durante a Idade Média, de uma Europa pacificada e unificada em torno de um mesmo ideal. 

Esse é o motivo pelo qual a mentalidade do homem comum medieval era tão profundamente religiosa (cristã), ele devia à Igreja Católica a paz necessária para prosperar, INCLUSIVE materialmente. 

domingo, 12 de janeiro de 2014

A Inquisição acabou por ser um poder nas mãos do Rei






A Inquisição Espanhola tem sido a mais duramente atacada, pela Espanha ser o baluarte do Catolicismo e ao mesmo tempo inimiga comercial e politica da Inglaterra protestante.

Vejamos a opinião de dois eruditos no tema: A.S. Turberville em seu Livro “A Inquisição Espanhola, pag 61 e 62 diz:

“O Santo Oficio pretendia ser o Tribunal mais clemente de todos porque seus fins não eram a administração de uma justiça rígida e automática, mas a reconciliação do delinquente. Confessar-se culpado com o Santo Oficio era obter o perdão. De qual outro tribunal pode se dizer isto? 

O Inquisidor era tanto o Padre Confessor como o juiz, que pretendia não uma condenação, mas acabar com um extravio e devolver ao rebanho a ovelha desgarrada. 

Por isso se solicitava constantemente ao acusado que recordasse a diferença fundamental entre a Inquisição e os tribunais ordinarios e que sua finalidade não era o castigo do corpo, mas a salvação da alma e pelo mesmo se explicava que tratava de salvar-se por meio da Confissão”


Em outras palavras, para o leitor moderno… imaginemos que não você não pare na luz de um semáforo e a policía o leva detido, você vai diante do juiz e confessa que realmente se arrepende de não ter se detido na luz vermelha e pede perdão, então o Juiz te absolve com uma remissão.

 Assim atuava o Tribunal da Inquisição, seu objetivo não era condenar, era salvar e dos famosos autos de Fé muitas pessoas eram reconciliadas com a Igreja depois de levar um hábito chamado “são bento”: pela similaridade do hábito desta ordem, por vários domingos diante a Igreja depois disto eram aceitos de novo na Comunhão, exemplo disso foi o avô de Santa Teresa de Avila, que levou São Bento trocando pelos judaizante e se reconciliou com a Igreja e nos deu tal Santa.

Os que não se arrependiam e se demonstrava sua culpa de heresia eram entregues a justiça do Rei, a Igreja não podía fazer nada mais além da excomunhão, isto recaia no campo político e poderia comprometer a segurança do reino.

Outro ponto para se ter em conta era que estes tribunais não atuavam sob a autoridade da Igreja Católica e do Papa, a Inquisição acabou por ser um poder nas mãos do Rei e muitas vezes contra Roma como veremos nos exemplos que daremos mais tarde.

 Vejamos a opinião de Fernando Ayllon em seu livro “O Tribunal da Inquisição da Lenda a Historia” Pag 578 e 579. Diz assim:

“ A Inquisição espanhola esteve desde suas orígens submetida a vontade real o qual a levou inclusive a enfrentar em algumas oportunidades contra o poder do proprio Pontífice. 

Diversos exemplos disso são os atritos dos primeiros inquisidores com os Papas Sisto IV ou Inocêncio VIII; a causa contra o Arcebispo de Toledo, Primado da Espanha Bartolome Carranza; as dificuldades ocasionadas pela Inquisição na aceitação de bulas pontificias etc. O certo é que em ocasiões se converteu em instrumento político em poder dos reis para fins diversos, por sua característica dualistica , estatal-eclesiástica. 

Devemos recordar também que não existía nenhum tribunal que não estivesse sujeito a dita pressão e utilização pelo poder político, não somente na Espanha mas em todo o mundo.



Fonte:
http://www.exsurge.com.br/apologeticas/inquisicao/textosinquisicao/ainquisicaoeareformaprotestantemitoerealidade.htm





sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Papa pediu moderação na Inquisição da Espanha






Apoiados na licença pontifícia, os reis da Espanha aos 17 de setembro de 1480 nomearam Inquisidores, com sede em Sevilha, os dois dominicanos Miguel Morillo e Juan Martins, dando-lhes como assessores dois sacerdotes seculares. 
Os monarcas promulgaram também um compêndio de “instruções”, enviando a todos os tribunais da Espanha, constituindo como que um código da Inquisição, a qual assim se tornava uma espécie de órgão do Estado civil.
Os Inquisidores entraram logo em ação, procedendo geralmente com grande energia. Parecia que a Inquisição estava a serviço não da Religião propriamente, mas dos soberanos espanhóis, os quais procuravam atingir criminosos mesmo de categoria meramente política.
Em breve, porém, fizeram-se ouvir em Roma queixas diversas contra a severidade dois Inquisidores.





 Papa Sixto IV então escreveu sucessivas cartas aos monarcas da Espanha, mostrando-lhes profundo descontentamento por quanto acontecia em seu reino e baixando instruções de moderação para os juízes tanto civis como eclesiásticos.
Merece especial destaque neste particular o Breve de 2 de agosto de 1482, que o Papa, depois de promulgar certas regras coibitivas do poder dos Inquisidores, concluía com as seguintes palavras:
“Visto que somente a caridade nos torna semelhante a Deus…, rogamos e exortamos o Rei e a Rainha, pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que imitem Aquele de quem é característico Ter sempre compaixão e perdão. Queiram, portanto, mostrar-se indulgentes para com os seus súditos da cidade e da diocese de Sevilha que confessam o erro e imploram a misericórdia!”




quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

INQUISIÇÃO - A HISTÓRIA NÃO CONTADA

MITOS E LENDAS sobre a Inquisição

spanish_inquisition
Imagem falsa e popular: 
cenas como esta, onde inquisidores estão usando fogo e uma roda gigante para torturar hereges são muitas vezes retratadas, mas nunca ocorreram realmente.

Ao contrário da crença popular, a tortura foi utilizada muito raramente.

 Foi usada menos pela Inquisição do que foi nos tribunais de outros países da Europa no momento.

As histórias sobre os métodos cruéis de tortura utilizadas pelos inquisidores e as péssimas condições em que os prisioneiros eram mantidos foram completamente falsificadas. 

A Inquisição, na verdade, tinha as melhores prisões na Espanha.

Os prisioneiros de tribunais seculares imploravam para que pudessem ser transferidos para as prisões da Inquisição, para escapar do mau trato das prisões seculares

A “lenda negra” sobre a Inquisição começou como uma campanha de propaganda antiespanhola que se expandiu em grande parte por causa da invenção da imprensa. A Inquisição foi o principal alvo.

Os inquisidores não eram sacerdotes fanáticos como são frequentemente retratados. 

Na verdade, muitos deles não eram sacerdotes, mas juristas formados em escolas espanholas.





quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A Inquisição Protestante






Responda rápido:
 1) Que instituição religiosa condenou mais de 300 pessoas pela prática de bruxaria, decretando tortura e pena de morte na forca às famosas bruxas de Salem?

 2) Que instituição religiosa levou à morte mais de 30.000 camponeses anabatistas na Alemanha?

 3) Sob que ordens o médico espanhol Miguel Servet Grizar, o descobridor da circulação sanguínea, foi condenado a morrer na fogueira? 

4) Quem mandou para a fogueira mais de mil mulheres escocesas, num período de seis anos (1555 - 1561)?[1] 

Sem dúvida muita gente responderia, sem medo de errar, que a responsável por todas as barbaridades  citadas acima foi a Igreja Católica. Resposta errada.

 Todos esses crimes foram cometidos pela Inquisição Protestante, que quase nunca é mencionada pelos críticos da Igreja Católica, tanto por desconhecimento como também porque esses críticos, muitas vezes, são protestantes... 













Fontes:

http://vozdaigreja.blogspot.com.br/2011/05/entendendo-inquisicao.html
http://objetivoecontundente.blogspot.com.br/2013/01/lutero-o-pai-do-nazismo.html


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O emprego da tortura


“O emprego da tortura (herdado da Inquisição medieval) não era considerado como um fim em si mesmo.

As Instruções de 1561 não estabeleceram regras para seu uso; mas insistiram em que sua aplicação estaria de acordo com ‘a consciência e o arbítrio dos juízes regulares, segundo o direito, a razão e a boa consciência. Devem os Inquisidores observar muito que a sentença do tormento seja justificada, e precedendo legítimos indícios’. 

Em uma época em que o uso da tortura era geral nos tribunais penais da Europa, a Inquisição espanhola seguiu uma política de benignidade e circunspecção que a deixa em lugar favorável, caso fosse comparada com qualquer outra instituição. 

A tortura era empregada só como último recurso e aplicada em muito poucos casos.

Com frequência o acusado era colocado in conspectu tormentorum, quando a vista dos instrumentos de tortura podia provocar uma confissão.”
“As confissões obtidas sob tortura jamais eram aceitas como válidas, porque evidentemente haviam sido obtidas por coação.”
O número proporcionalmente pequeno de execuções constitui um argumento eficaz contra a lenda de um tribunal sedento de sangue.”

Trecho do livro La Inquisición Española – Una revisión histórica [“A Inquisição Espanhola – Uma revisão histórica”], do historiador britânico Henry Kamen. Ele fala sobre a frequência com que se utilizava a prática da tortura nos tribunais da Inquisição, e de como era baixo o número de execuções por parte dos mesmos tribunais. Mais uma postagem tentando derrubar o mito de que a Inquisição teria sido um tribunal “sangrento” e “cruel”. 


Fonte:



O Mito da Inquisição Espanhola - VIDEO LEGENDADO














Pesquisas históricas recentes vêm contestando alguns fatos sobre a Inquisição. Em 6 de novembro de 1994, a BBC de Londres transmitiu o documentário The Myth of the Spanish Inquisition . 

Segundo o programa, que se baseia em anos de pesquisa em arquivos antes fechados, a Inquisição espanhola – tida como a mais cruel e violenta – teve, na verdade, sua imagem distorcida porprotestantes que queriam minar o poder da maior potência mundial na época: a Espanha. 

O vídeo explica que cada processo inquisitorial ocorrido foi registrado individualmente durante os 350 anos em que a Inquisição esteve ativa, mas somente agora esses registros estão sendo reunidos e analisados adequadamente. 

No programa, o professor Henry Kamen, especialista no assunto, admitiu que esses registros são extremamente detalhados e vêm trazendo à tona uma visão da Inquisição espanhola que é muito diferente da que estava cristalizada na mente dos historiadores (ele incluso). 

Henry Kamen lançou, em 1999, o livro The Spanish Inquisition: A Historical Revision. (Yale University Press), que é uma revisão de seu trabalho de 1966 à luz das novas descobertas. 

A Igreja Católica também auxilia nas pesquisas, liberando todos os documentos que antes eram guardados em universidades católicas para aprofundamentos e estudos mais minuciosos sobre a Inquisição Espanhola.












segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A deplorável reputação da Inquisição - verdades e mentiras


devido a uma ação semelhante dos poderes laicos, desviando esse instrumento em seu favor, para fazer das medidas da Igreja um instrumento de dominação – por vezes, entende-se, com a cumplicidade de certos eclesiásticos isolados. 

Contudo, ela só teve um caráter verdadeiramente sangrento e feroz na Espanha imperial do início do século XVI. 

Durante toda a Idade Média, é apenas um tribunal eclesiástico destinado a “exterminar” a heresia, quer dizer, expulsá-la para fora dos limites (ex terminis) do reino. 

As penitências que impõe não saem do âmbito das penitências eclesiásticas, ordenadas em confissão: esmolas, peregrinações, jejuns. 

Somente nos casos graves o culpado é entregue ao braço secular, o que significa que incorre em penas civis, como a prisão ou a morte, pois o tribunal eclesiástico não tem o direito de pronunciar ele próprio semelhantes penas.

Segundo declaração de autores que estudaram a Inquisição pelos seus autos — não importa quais sejam as suas tendências — ela apenas fez “poucas vítimas”. 

Esta é a expressão de Lea, escritor protestante traduzido em francês por Salomon Reinach (Histoire de l’inquisition, t. 1, p. 489). 









Em 930 condenações produzidas pelo inquisidor Bernard Gui durante a sua carreira, apenas 42 conduziram à pena de morte.

 Quanto à tortura, em toda a história da Inquisição no Languedoc apenas se assinalam três casos confirmados em que ela foi aplicada, indicando um uso muito longe de ser generalizado. 

Por outro lado, para que ela fosse aplicada era preciso que houvesse começo de prova, só podia servir para fazer completar confissões já feitas. 

Acrescentemos que, como todos os tribunais eclesiásticos, o da Inquisição ignora a prisão preventiva e deixa os acusados em liberdade até à apresentação de provas da sua culpabilidade.




Fontes:

 (“Luz sobre a Idade Média”, Régine Pernoud)





O número de execuções de hereges foi inferior ao que se apregoa



 O número de execuções reais de hereges pelo braço eclesiástico foi MUITÍSSIMO inferior ao que se apregoa nos meios de comunicação anticatólicos . 

Um desses mitos, espalhados por escritores protestantes ingleses, se refere às torturas sádicas supostamente praticadas pelos inquisidores espanhóis. 










Descobriu-se que a tortura foi raramente utilizada e, mesmo quando se recorreu a ela, isso se deu de maneira limitada. 

Em um grupo de 7 mil pessoas apresentadas à Inquisição em Valência, por exemplo, apenas 2% foram torturados, e não por mais de 15 minutos. 

Execuções eram igualmente raras. 

Até mesmo as prisões da Inquisição estão muito longe das masmorras representadas em sua mitologia. 

Conta-se que os prisioneiros prestes a serem julgados nos tribunais seculares deliberadamente faziam algo que os transferisse para a Inquisição, a fim de receber o tratamento menos severo das prisões eclesiásticas. 

Deve-se mencionar também que se permitia a apelação nos julgamentos dos tribunais da Inquisição, e que se punha os indivíduos que apresentavam falsas acusações …”

Somente no começo do século XIV os elementos sobreviventes do catarismo foram eliminados da região, em grande parte por causa do esforço de Bernard Gui, famoso inquisidor. 

Ele interrogou centenas de suspeitos, dos quais se puniram 636: quarenta com a morte, trezentos com prisão e o resto com punições leves.”

“Nos países que registraram estatísticas a execução foi rara. 

Na Inglaterra, entre 1401 e 1485, por exemplo, queimaram-se 11 hereges. 

É possível que outras execuções por traição tenham ocorrido: o tema da traição confunde os arquivos em todo lugar; em algumas áreas não se fazia distinção entre rebelião contra ordem espiritual e revolta contra a ordem temporal.” 


Fontes:

(“As Sete Mentiras sobre a Igreja Católica” de Diane Moskar, Editora Castela)

http://fratresinunum.com/2013/10/25/apontamentos-sobre-os-artigos-a-inquisicao-o-papa-e-o-suspiro-de-alguns-catolicos-conservadores-e-um-ativista-pro-vida-pode-defender-a-inquisicao-de-julio-severo/
http://www.familycourtchronicles.com/philosophy/inquisition/

sábado, 4 de janeiro de 2014

A pena de morte no contexto da Idade Média



A palavra-chave para descobrirmos a razão pela qual o Estado punia tão severamente aqueles que eram acusados de heresia é justamente o que  dizia São Tomás de Aquino:




É muito mais grave corromper a fé, que é a vida da alma, do que falsificar a moeda, que é o meio de prover à vida temporal.

Se, pois, os falsificadores de moedas e outros malfeitores são, a bom direito, condenados à morte pelos príncipes seculares, com muito mais razão os hereges, desde que sejam comprovados tais,podem não somente ser excomungados, mas também em toda justiça ser condenados à morte
(Summa Theologiae, II-II, q. 11, art. 3)




A pena de morte, no contexto da Idade Média, nunca foi vista como algo condenável, como é visto hoje pela sociedade hodierna. Devido à precariedade do sistema judicial daqueles tempos e às péssimas condições de tratamento dos criminosos estabelecia-se o regime da pena de morte como punição para aqueles que praticavam crimes. 
Está junto a essa verdade o fato de que a Igreja, naquele tempo, estava integrada ao Estado e por isso a mentalidade da Justiça do Príncipe era quase sempre influenciada pela mentalidade da doutrina da Igreja.
E qual era a mentalidade daquele tempo? Que aqueles que falsificam a fé com suas heresias – o que é muito mais grave do que falsificar uma moeda, por exemplo – devem ser não somente excomungados, mas também condenados à morte. 
Ora, mas onde está a misericórdia nisso? 
Continua São Tomás:
“Na Igreja está a misericórdia em favor da conversão dos que erram e por isso ela não os condena se não depois de uma primeira e segunda admoestação (cf. Tit 3, 10), como ensina o Apóstolo. Mas depois disso, se segue todavia persistente no erro, a Igreja, já sem esperança da sua conversão, cuidando da salvação das almas dos demais, os separa por sentença de excomunhão. Depois são exterminados do mundo com a morte pelo juízo secular.”
(Summa Theologiae, II-II, q. 11, art. 3)
É preciso entender que quem punia com a pena de morte as pessoas acusadas de heresia não era a Igreja, mas o Estado. 
A Igreja era responsável pela investigação – daí o nome “inquisição” -. A execução da pena de morte não era de responsabilidade da Igreja, muito embora ela, no termo das condições e das legislações da época, legitimasse esse ato. 
A heresia, naquele tempo, não era vista como uma simples “divergência de opinião” como é erroneamente vista hoje. Era considerada um crime de lesa-majestade
O Papa Inocêncio III escreve:
“Conforme a lei civil, os réus de lesa-majestade são punidos com a pena capital e seus bens são confiscados. Com muito mais razão, portanto, aqueles que, desertando a fé, ofendem a Jesus, o Filho do Senhor Deus, devem ser separados da comunhão cristã e despojados de seus bens, pois muito mais grave é ofender a Majestade Divina do que lesar a majestade humana” (Epist. 2,1 via Portal São Francisco).
Estão vendo como é errado desintegrar a Inquisição do seu mundo e relacioná-lo com a mentalidade moderna? 
Corre-se o risco de condenar injustamente a Igreja Católica e ferir a verdade. 
É preciso muita cautela ao se tratar de assuntos como esse. Um estudo bem detalhado é recomendado.

O triunfo de São Tomás de Aquino sobre os hereges


FONTE: